São diversos os métodos para a realização da compostagem, entre eles os métodos de compostagem artesanal, compostagem envolvendo reviramento mecânico, compostagem em pilhas estáticas com aeração forçada, e em recintos fechados com aeração forçada.
O processo de compostagem pode ser dividido em duas fases, denominadas degradação ativa e maturação ou cura, embora alguns autores dividam esse mesmo processo em três fases distintas, conhecidas como decomposição, semimaturação e maturação ou humificação, onde a fase de semimaturação estaria envolvendo o final da fase de degradação ativa e grande parte da fase de maturação, quando comparada às divisões em apenas duas fases.
Todo esse processo envolve uma população bastante heterogênea de microorganismos, bactérias, fungos e actinomicetos, além de organismos como as minhocas, e cada fase é caracterizada pela ação principal destes numa certa temperatura. A fase de degradação ativa é necessariamente termofílica, pois envolve a ação de microorganismos termófilos, aqueles ativos a temperaturas de 45o a 650C, e nessa faixa a temperatura deve ser mantida, aumentando a eficiência do processo e eliminando microorganismos patogênicos. Ocorre nesse primeiro momento uma decomposição da matéria orgânica facilmente degradável, como os carboidratos, e uma maior estabilização da matéria orgânica. Já a fase de maturação ou cura é caracterizada por temperaturas mesofílicas, pois envolve a ação de microorganismos mesófilos, aqueles ativos a temperaturas de 20o a 45oC, e a temperatura deve ser mantida na faixa de 30o a 45oC durante grande parte da fase, caindo para 25-30oC no final do processo. Nessa fase ocorre a formação de substâncias húmicas e vale lembrar que somente após a maturação do composto é que ele está humificado e viável para uso.
O composto orgânico maturado ou curado apresenta cheiro de terra e cor marrom. É importante que o composto orgânico não tenha a presença de organismos patogênicos e sementes de erva daninha, e apresente quantidade adequada de macronutrientes e certa variedade de micronutrientes.
Alguns fatores afetam a atividade microbiológica e conseqüentemente o processo de compostagem. Entre os fatores estão: umidade - é necessário um controle para não ocorrer o excesso de umidade, que pode causar uma falta de oxigenação (anaerobiose) pelo preenchimento dos espaços vazios, ocupados pela água, e também evitar o ressecamento e falta de umidade necessária para a ação dos microorganismos e manutenção da temperatura; oxigenação - trata-se de um processo aeróbico, logo a presença de oxigênio é indispensável para a ação dos microorganismos, além de também ajudar no controle da temperatura . A oxigenação pode ser feita por reviramento mecânico ou manual; temperatura - como explicado anteriormente, esse fator é de grande importância para a atividade dos microorganismos e indica a eficiência do processo; concentração de nutrientes - é um fator crítico para o processo, pois o crescimento e diversificação dos microorganismos possuem relação direta com a disponibilidade de nutrientes. A relação carbono/nitrogênio adequada deve ser respeitada (aproximadamente 30:1), já que o carbono e o nitrogênio são fonte de energia e fonte para a reprodução dos microorganismos, respectivamente. Resíduos orgânicos palhosos (vegetais secos) são ricos em carbono, enquanto legumes, resíduos fecais e penas são ricos em nitrogênio; tamanho das partículas - quanto menor o tamanho das partículas maior será a rapidez do processo, por aumentar a superfície de contato, além de uma maior capacidade de aeração e menor compactação.
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