Porque desmatamos, poluímos, envenenamos o ambiente, provocamos queimadas, matamos animais e nos matamos? Por qual motivo usamos a indiferença e extrema frieza para com os problemas que estão diante dos nossos olhos todos os dias, e sequer fazemos força para enxergá-los com olhos de quem quer reo-lhar de forma significativa?
Existem três direções nas quais podemos enxergar a paz. Cada uma delas necessita de uma forma de consciência e de um tipo de ecologia. Na realidade, essas consciências e ecologias são profundamente interligadas e inseparáveis. Elas dependem umas das outras e se influenciam reciprocamente.
A primeira se dá consigo mesmo, ou melhor ainda, dentro de cada um de nós. Há momentos em que estamos em paz, e há outros em que estamos tensos e agitados, nem sempre sabendo o porque. Há, por conseguinte, necessidade da consciência individual para definir e localizar a paz dentro de nós mesmos para, em seguida, dizer como alcançá-la. É o que se chama de ecologia interior ou ecologia do ser, que se apóia na consciência individual. A ecologia individual é o estado de harmonia do ser pessoal.
A Segunda direção é a paz com os outros. Essa paz também é instável nas nossas relações com o marido, mulher, amigos, colegas, pais, filhos e outros. Como se caracteriza essa paz e como torná-la estável? Eis uma questão de ecologia social, isto é, de harmonia com a sociedade e dentro dela. A ecologia social pressupõe, exige e depende da consciência social de cada cidadão e de uma consciência social coletiva maior do que a soma das consciências individuais.
Enfim, há uma questão bastante séria e vital para nós: é a paz com o meio ambiente, com a natureza em torno de nós. Poucas pessoas até hoje têm idéia clara de que jogar o nosso lixo num riacho ou usar um spray consiste numa violência para com a natureza e é uma forma de contribuir para o nosso próprio suicídio, como membros da humanidade. A paz na ecologia ambiental e como contribuir para ela é a terceira questão essencial para vivermos com qualidade.
A ecologia ambiental é um estado de equilíbrio dos ecossistemas. Esse equilíbrio, ao que tudo indica, é uma expressão da consciência do universo. Com a intervenção destrutiva, pelo ser humano no equilíbrio ecológico, foi e continua sendo indispensável o despertar da consciência ecológica individual em cada cidadão do planeta. Ao proceder assim, podemos contribuir para dissolver a ilusão de que somos separados do universo autoconciente.
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