segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cientistas receberão recursos do governo para combater desmatamento na Amazônia


O governo federal visa levar soluções sustentáveis para a região e mudar a lógica econômica, ainda associada ao desmatamento. l Foto: Pedro Biondi/Abr
 
Nos próximos dias serão anunciadas regras que pretendem atrair a comunidade científica para a Amazônia. A aposta do governo federal é financiar projetos de ciência e inovação tecnológica, a fundo perdido, para levar soluções sustentáveis para a região e mudar a lógica econômica, ainda associada ao desmatamento.
Os editais ainda não estão concluídos. Encarregado de acompanhar o desenho dos financiamentos, o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação, Carlos Nobre, adiantou à Agência Brasil, que “algumas propostas são voltadas para potenciais já reconhecidos da região, que passarão a ter mais conhecimento agregado e investimento, enquanto outras buscam soluções inovadoras”.
Em meio à expectativa sobre os temas contemplados no financiamento federal, uma aposta é que seja incluída a valoração dos serviços ambientais. O assunto vem sendo levantado tanto pelo governo quanto por organizações ambientais que defendem uma nova métrica para medir o desenvolvimento e crescimento do país, em substituição ao PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), incluindo indicadores ambientais na conta.
“Para que entrem no cálculo de mensuração da economia, precisamos entender o que são esses serviços, inclusive como o ciclo de carbono interage no aquecimento global”, antecipou Nobre.
O estímulo a cientistas e pesquisadores soma pelo menos R$ 100 milhões, já previamente aprovados pelo Comitê Orientador do Fundo da Amazônia, com aporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Esse dinheiro será usado para apoiar ações em sete grandes áreas [na Amazônia], que apontam o que precisa ser feito na região para mudar o paradigma do desenvolvimento”, explicou o secretário. Segundo ele, o volume de recursos pode ainda ser ampliado até a publicação dos editais.
Os detalhes dos editais estão sendo concluídos pela Financiadora de Estudos e Projetos [Finep] e ainda não têm data prevista para publicação.

Carolina Gonçalves, da Agência Brasil

Queimadas crescem 53% e cientista cobra fiscalização rigorosa


Neste ano, as queimadas já foram 40,2 mil. l Foto: Malene Thyssen/Wikimedia
 
O aumento na incidência de queimadas chega a nível alarmante. Dados comparativos entre os anos de 2007 e 2012 mostram um crescimento de 53,3% nos incêndios florestais. O centro-oeste e o nordeste são as regiões que registraram mais casos.
As informações foram obtidas a partir de uma compilação de dados feita pelo G1, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Para que o comparativo pudesse ser feito, os dados considerados datam do primeiro semestre de 2007 e do mesmo período em 2012.
Há cinco anos os registros marcavam 26,2 mil focos de incêndios florestais em todo o Brasil. Neste ano, as queimadas já foram 40,2 mil. O aumento absurdo tem explicação. Segundo o pesquisador do Inpe Alberto Setzer, são três fatores principais que colaboram para este cenário: clima seco, agropecuária e a falta de fiscalização.
A baixa precipitação é causada por fenômenos climáticos, entre eles o El Niño, que ocasiona a estiagem em países da América do Sul. No entanto, grande parte das queimadas é iniciada por consequência da ação humana, principalmente por produtores que incendeiam áreas florestadas para posteriormente serem utilizadas para fins agropecuários.
“A expansão da soja e de outras culturas ainda está ocorrendo. Com a questão do Código Florestal, que vai definir as áreas de desmate, muita gente está pensando que vai ser anistiada se desmatar. Você percebe uma consequência desta discussão no uso do fogo”, explicou Setzer.
O pesquisador ainda alerta para o fato de que, se os incêndios continuarem a crescer nestes níveis, as queimadas podem chegar a 200 ou 250 mil até o final do ano. Diante disso, ele cobra ações mais efetivas principalmente em relação à fiscalização, para que os criminosos sejam punidos com mais rigor. Com informações do G1.
Redação CicloVivo

NASA diz que aquecimento global é pior que o imaginado


Foram identificados verões “extremamente quentes” mais frequentes em 10% da superfície de terra. | Foto: Andreas Krappweis
 
“A mudança climática está aqui e é pior do que pensávamos”. Este é o titulo do artigo escrito pelo pesquisador norte-americano James Hansen, diretor do Instituto Goddard e Estudos Espaciais da Nasa, publicado no jornal Washington Post.
Hansen é um dos principais cientistas entre os que apoiam suas teses na existência do aquecimento global. Neste artigo recente ele diz que as projeções anteriores estavam certas quanto ao aumento das temperaturas, mas não eram corretas em relação ao tempo que isso levaria para acontecer.
Para o pesquisador, diversos eventos em que foram registradas temperaturas extremas podem ser considerados consequência das mudanças climáticas. Entre os citados, estão os recordes de temperatura que atingiram Moscou em 2010, o calor do verão francês de 2003 e a seca sentida no Texas e em Oklahoma no último ano.
A comprovação deste fato foi obtida a partir de análises feitas pela Nasa, considerando as temperaturas médias dos verões desde 1951, em que foram identificados verões “extremamente quentes” mais frequentes em 10% da superfície de terra, já que as análises desconsideraram as temperaturas nos oceanos.
O alerta de Hansen é feito diretamente à população mundial, que segundo ele, precisa entender que o principal causador do aquecimento global é a própria ação humana. “É pouco provável que as ações para reduzir as emissões de gases alcancem os resultados necessários enquanto o público não reconhecer que a mudança climática causada pelas ações humana está ocorrendo.” Com informações do Washington Post.

FONTE: CicloVivo

5 dicas práticas de como ter uma vida mais “verde”


Pegada de carbono é a marca que nós deixamos no planeta, seja por nossas atitudes ou pelo nosso consumo, ou seja, tudo o que fazemos tem algum impacto. Porém, existem maneiras práticas e baratas de torná-lo cada vez menor.
A primeira opção é ter uma bicicleta. Esse meio de transporte é correto em todos os aspectos, desde o cuidado com o meio ambiente, já que não polui, até o benefício que ele pode trazer a saúde de seus usuários.
Uma questão que aos poucos vira realidade em muitas grandes cidades e já se comprovou acessível e eficiente é a proposta de morar próximo ao local de trabalho. Essa solução evita tanto o desgaste físico e emocional do trabalhador, que reflete em seu desempenho profissional, quanto no meio ambiente, pois reduz drasticamente os congestionamentos e emissões de gases de efeito estufa a partir dos meios de transporte.
Reduzir o consumo de carne vermelha também é um jeito efetivo de minimizar a quantidade de gases de efeito estufa que nós emitidos como consequência da nossa alimentação. Isso não quer dizer que todos precisam se tornar vegetarianos, mas a carne vermelha pode ser substituída por outros alimentos durante a semana e consumida livremente aos finais de semana. Assim como o ciclismo, esse controle alimentar também pode beneficiar muito a saúde e ainda contribuir para o controle de doenças como a obesidade e o colesterol alto.
Ainda em relação à alimentação uma boa opção é o consumo de produtos locais e sazonais. Além de isso garantir que os alimentos chegarão ao consumidor final mais rapidamente e fresquinhos, a prática incentiva o desenvolvimento do comércio local, gerando renda e emprego na própria comunidade.
O consumo consciente é um dos pontos mais importantes para que a redução da pegada de carbono seja alcançada e é também um dos mais difíceis de serem colocados em prática. O ideal seria que as pessoas comprassem somente aquilo de que realmente precisam, para evitar desperdícios e o consumo exacerbado. A dificuldade está no fato de que o capitalismo é praticado em quase todo o mundo, com a filosofia totalmente inversa a essa.
Ter práticas de vida mais sustentáveis não significam necessariamente grandes mudanças ou gastos. Pelo contrário, muitas ideias para reduzir as emissões pessoais de gases de efeito estufa acabam gerando economia e estão acessíveis a qualquer pessoa.
Imagem: fatbmx.com
FONTE: CicloVivo

Saiba como fazer uma horta caseira reutilizando garrafa PET


A ideia é reaproveitar materiais que iriam para o lixo para cultivar suas próprias hortaliças. l Foto: Jardinagem Libertária
Com a facilidade das compras em supermercados e feiras livres, deixou-se de se cultivar hortaliças e temperos dentro de casa. Para voltar às origens e descobrir o prazer que este hobby pode nos proporcionar o Engenheiro Agrônomo, Juscelino Nobuo Shiraki, dá a dica de como se construir uma horta caseira suspensa, reutilizando garrafas PET.
A ideia é reaproveitar materiais que iriam para o lixo para cultivar suas próprias hortaliças. Além disso, a horta caseira é decorativa e deixa um aroma agradável no ambiente. O espaço pode ser pequeno, porém, precisa ser ensolarado. Você pode aproveitar pequenos espaços em casa, como quintais ou varandas. É importante escolher as espécies certas para o espaço disponível em sua casa.
Material
- Tesoura; Alicate; Arame;
- Garrafa PET; Isopor; Manta para jardinagem;
- Terra preparada; Hortaliças.
Métodos
Com auxílio da tesoura, faça furos grandes em cada uma das saliências do fundo da garrafa. Em seguida, corte uma janela na lateral do recipiente na parte intermediária. Para preparar o substrato que fica no fundo, vários materiais podem ser utilizados como, por exemplo, argila expandida e pedra britada, mas como a sugestão é um vaso suspenso, a escolha do material é importante. Neste caso usaremos isopor para ficar mais leve.
Cubra o fundo da garrafa com pedaços de isopor; em seguida corte em círculo a manta de drenagem e coloque sobre o isopor cobrindo-o totalmente. O círculo deve ter o diâmetro um pouco maior que o diâmetro da garrafa.
Em um recipiente separado, prepare a terra. Para este tipo de plantio ela deve ser composta por 50% de terra comum e 50% de terra preta. Preencha a garrafa PET até a metade com o preparado. Coloque sua hortaliça e ajeite bem, a seguir, adicione mais um pouco. Para que o solo fique firme, dê uma leva batidinha sob a mesa; este movimento fará a terra se assentar. Complete com mais um punhado até ficar um dedo abaixo da altura da ‘janela’. Este espaço é importante para que a água não transborde quando a hortaliça for regada. Para finalizar, faça um gancho com o arame e amarre-o no gargalo da garrafa.

Tecnologia é essencial para reciclar isopor e embalagens leves


A dificuldade em transportar o isopor, por exemplo, limita a reciclagem. | Foto: Miguel Saavedra/SXC
 
A reciclagem é uma das ações mais incentivadas e acessíveis à população. No entanto, o sucesso dessa prática depende das ações individuais, mas também é imprescindível contar com políticas públicas, cooperativas e tecnologias, para que a maior quantidade possível de resíduos seja reaproveitada adequadamente.
Conforme reportagem de Alan Severiano, transmitida no Jornal Nacional, plástico, metal e vidro são itens constantemente separados pelos trabalhadores que atuam nas esteiras das cooperativas. Porém, em meio a essa separação existem itens que são normalmente descartados e vão direto para aterros sanitários. As embalagens de salgadinho e isopor são exemplos disso.
A explicação para a falta de interesse no material é o baixo custo, aliado à falta de compradores. Durante entrevista, Claudio Rodrigues, presidente de uma Cooperativa, explicou que a dificuldade em transportar o isopor, por exemplo, impede o sucesso do trabalho. O resíduo é muito leve e acaba ocupando muito espaço durante a logística.
Existem algumas ações pontuais que minimizam este problema. A empresa TerraCycle, por exemplo, trabalha com a logística reversa das embalagens de salgadinhos, chocolate, entre outros alimentos, que são utilizadas como matéria-prima para a fabricação de bolsas, estojos e nécessaires. Uma das fabricantes de salgadinhos ainda reaproveita as embalagens para fazer prateleiras para novos produtos.
Quanto ao isopor, a reportagem mostrou uma cooperativa paulistana, equipada com uma máquina capaz de triturar e retirar o ar do isopor, para que ele tenha o tamanho reduzido e facilite o transporte. Em consequência desse processo a cooperativa compra o isopor a 50 centavos o quilo e consegue vendê-lo por 90 centavos. O investimento traz um retorno bastante positivo à cooperativa, mostrando como o processo de separação de resíduos e reciclagem pode ser ainda mais eficiente e lucrativo. Com informações do Jornal Nacional.

Fonte: Redação CicloVivo

Inventor mineiro cria computador feito com garrafas PET




Um jovem mineiro descobriu uma maneira de transformar garrafas PET em gabinete de computador. O desenvolvimento desta tecnologia resultou em um aparelho leve e pequeno, chamado de EcoPC.
Morador de São Lourenço, Minas Gerais, Adriano Reis Carvalho percebeu durante uma enchente que muitas garrafas plásticas eram jogadas na rua, o que prejudicava a cidade. Ele então pensou que este material poderia ser usado para fazer um computador e colocou a ideia em prática. Após muitas tentativas concluiu um protótipo.
O projeto do EcoPC teve o apoio de catadores de lixo da cidade, que vendiam as PETs já prensadas. "Demorei um ano para conseguir alcançar o resultado final. Com 20 garrafas, criei o primeiro EcoPC", disse Carvalho, que possui uma empresa Aja Tecnologia com dois sócios.
As garrafas poderiam ser modeladas da maneira que quisesse e ele optou por criar um gabinete pequeno de cinco por 18 centímetros, que pesa apenas 800 gramas, e ajuda a reforçar a ideia de PC sustentável. "O EcoPC é mais leve e oito vezes menor que um computador padrão, o que ajuda a diminuir os gases do efeito estufa, pois no mesmo veículo que seria transportado X computadores, nós poderíamos transportar muito mais unidades", afirmou Carvalho em entrevista ao Olhar Digital.
Assim como a parte externa, a interna também é ecológica, pois foi inserido uma placa mãe de baixo consumo energético. Desta forma, o PC sustentável pode apresentar um terço a menos de gasto. "Enquanto um computador tradicional gasta 60 W de energia, o EcoPC gasta 20,7 W”.
Os computadores têm vida curta e para evitar o problema da acumulação de lixo eletrônico a empresa criou um programa de reciclagem do produto. Com dois ou três anos de uso, a companhia se propõe a comprar os EcoPCs obsoletos para reciclá-los e fazer novas máquinas.
No momento, os sócios buscam investimento do governo ou empresas privadas. Uma ideia que deve ser testada em breve é desenvolver novos equipamentos com a mesma técnica. O equipamento está em processo de ser patenteado e ainda não é comercializado. Com informações do Olhar Digital.
Redação CicloVivo

Fonte: http://ciclovivo.com.br/noticia.php/5267/inventor_mineiro_cria_computador_feito_com_garrafas_pet/